Movimento deve acelerar ritmo da construção civil e investir em imóveis volta a ser bom negócio
Os investidores do setor imobiliário devem ficar atentos às oportunidades que surgem com as reduções de juros promovidas por vários bancos como estratégia para expansão no mercado. Ontem, o Itaú Unibanco anunciou um novo corte nas taxas de financiamento da casa própria. Para imóveis que se enquadram no Sistema de Financiamento de Habitação (SFH), os juros passaram para 8,8% ao ano mais a Taxa Referencial (TR). No Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), recuaram para 9,3%.
O Itaú é mais um dos bancos que divulgaram a diminuição da taxa de juros imobiliários no primeiro semestre de 2018. Na Caixa, o primeiro recuo ocorreu em 16 de abril, após mais de ano sem alterações. A instituição diminuiu a taxa mínima do SFH, de 10,25% para 9% ao ano. Já no Banco do Brasil (BB), os juros do SFH foram reduzidos, de 9,24% para 8,99%, em 24 de abril. No Bradesco, a taxa para SFH sofreu alteração, de 9,3% para 8,85% ao ano, enquanto para SFI foi de 9,7% para 9,3%.
De acordo com a diretora do Itaú Unibanco, Cristiane Magalhães, a redução serve como estratégia para a retomada do mercado imobiliário. “Com o aumento da confiança dos consumidores, estamos percebendo uma retomada, o que é uma ótima notícia para o setor e para o país. Essa nova redução de taxas certamente contribuirá para acelerar esse movimento”, afirmou. “Viabilizar a aquisição da casa própria é uma forma excelente de estabelecer relacionamentos de longo prazo com os correntistas e com quem deseja se tornar cliente”, completou.
No Santander, o corte de taxas também faz parte da estratégia da instituição para ampliar a participação no segmento de crédito imobiliário. “Cabe ao banco ter um papel fomentador, com o estímulo à competição no mercado financeiro”, afirmou Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil.
Cristóvão Pinto de Azeredo, gerente executivo da diretoria de empréstimos, financiamentos e crédito imobiliário do BB, explicou que a instituição acompanha o movimento do mercado. “De forma geral, tem a redução da Selic pelo Banco Central, mas observamos o movimento da concorrência. Como as taxas estão bastante competitivas, reduzimos a nossa”, argumentou.
Na visão de Azeredo, neste momento, o movimento dos bancos sugere uma oportunidade para quem quer investir em imóveis. “Eu diria que, pelo ajuste das condições, é natural que isso incentive o setor, além da própria conjuntura econômica, como a questão da renda do brasileiro. Os bancos estão alinhados”, afirmou.
Segundo o presidente da Câmara Brasileira de Indústria da Construção, José Carlos Martins, a diminuição das taxas de juros imobiliários é um movimento saudável e positivo. “Estava na hora de acontecer essa redução, já que a taxa básica de juros (Selic) diminuiu”, afirmou. “Isso é muito bom para quem está pensando em comprar a casa própria. Em vez de comprar um imóvel com o preço de R$ 100 mil, com os juros mais baixos, é possível investir numa residência de maior valor, por exemplo”, explicou.

Taiane Leite
Formada em Transações imobiliárias pelo Instituto do corretor Acadêmica de Pedagogia na Universidade do Vale do Itajaí Formada em Segurança do Trabalho pelo SENAI Atuo como Corretora de imóveis e professora de Educação Infantil, juntando as duas áreas que mais amo me sinto muito realizada. Face: Taiane Leite Instagram: @taianenl
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